Pai Nosso (trad. direto do Aramaico)



Mark Twain

Osho 6

Osho 5

Osho 4

Osho 3

Osho 2

Osho 1

I Ching 48

Provérbio Árabe

Jô Soares

Amor 2


"O amor é sentido só por atos de bondade abnegada,
perdão incondicional e compaixão ilimitada.
O amor se torna real só pela intenção
de beneficiar o outro antes do eu.
E isso só é possível quando amar não é um ato deliberado,
quando o motivo é inocente.
A simples motivação para amar não é amor.
O amor não precisa de motivo."

Mike George

Soneto do Amigo


Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinícius de Moraes


A Conquista da Serenidade


Um dia amanhece, glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas. Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.

Murmúrio de regatos que cantam, perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?

A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?

Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.

Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao chegar: Que bom é voltar para o conforto da cidade.

E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse do cotidiano estão de volta.

Então vem a pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para encontrar a paz, não é mesmo?

A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.

Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.

Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: “Um hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço”. O mesmo acontece em nossa vida.

E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de auto-educação.

A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.

E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes, amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do cotidiano.

Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para superar problemas mais graves, situações mais complexas.

Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o coração, domina-se as emoções, tranqüiliza-se a mente.

O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa perturbar.

É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro de si.

Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.

A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da vontade.

Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.

Momento Espírita

A Benção do Perdão


Uma nuvem espessa pairava sobre a alma daquela mãe sofrida...

O seu jovem filho, criado com amor e desvelo, fora assassinado por um amigo dominado pelas drogas.

O desespero e a amargura eram suas companhias permanentes.

Os olhos fundos e a palidez denunciavam as noites de insônia e a falta de alimentação.

Uma amiga a convidou, talvez inspirada pela providência divina, a buscar ajuda do orador e médium espírita de extrema seriedade e profunda dedicação ao bem, Divaldo Pereira Franco.

Era início da noite na cidade de Salvador, quando as duas senhoras adentraram a casa espírita singela, onde o médium atende aqueles que o procuram em busca de consolo e esperança.

Divaldo percebeu que se tratava de um caso grave e atendeu aquela mãe prontamente, com grande ternura.

Aos poucos a senhora ia contando o drama ocorrido, falando que um amigo do filho o havia alvejado por motivos banais, de ligeiro desentendimento entre ambos.

Enquanto a genitora narrava o seu drama, aproxima-se do médium a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis, trazendo o jovem assassinado, ainda convalescente, e diz a Divaldo para transmitir à mãe sofrida, algumas palavras do filho.

Naquele momento o filho, tomando emprestada a aparelhagem fonadora do médium, fala à mãezinha palavras de conforto.

Disse para que não cometesse o suicídio, como estava pretendendo, pois esse crime a afastaria ainda mais dele, e por mais tempo.

Pediu à mãe que se lembrasse da mãe do amigo que cometera o crime e agora estava detido pelas grades da justiça humana, numa cadeia, entre criminosos comuns.

Aquela mãe, sim, era muito infeliz, pois seu filho é o verdadeiro desgraçado e não ele, que agora estava sob o amparo de amigos espirituais atenciosos e fraternos.

Ao ouvir a voz inconfundível do filho querido, que julgava ter desaparecido para sempre, a mulher abraça com ternura o médium, por cuja boca se podiam ouvir as palavras amáveis e lúcidas do jovem assassinado.

Sob a inspiração da benfeitora do além, Divaldo aconselha a mulher a considerar o estado de alma da outra mãe, da mãe do assassino, e pensar na possibilidade do perdão.

Na semana seguinte, quando o médium baiano se preparava para atender aqueles que o buscavam na singeleza da casa espírita, vê adentrarem a sala duas senhoras, pálidas e de aspecto sofrido.

Uma ele já conhecia, a outra lhe era estranha.

Quando chegou a vez de atendê-las, a mulher que estivera ali na semana anterior lhe apresentou a companheira, dizendo ser a mãe do amigo do seu filho.

O médium entendeu que ela havia seguido os conselhos ali recebidos e buscava ajudar aquela mãe mais infeliz que ela própria.

Conversaram por longo tempo.

Ao se despedir das duas senhoras, Divaldo percebeu que um raio de luz penetrava suavemente aquelas almas doloridas.

A luz do perdão se fazia bênção de paz e gerava serena harmonia naqueles corações dilacerados pela dor da separação dos filhos bem-amados, embora por motivos diversos.

Na medida em que o tempo ia passando, as duas mães encontraram motivos para voltar a sorrir, e juntas visitavam o jovem no cárcere.

Fundaram uma casa de recuperação de toxicômanos para ajudar outros tantos jovens a se libertar das cadeias infelizes das drogas.

O perdão é uma das mais belas provas de confiança nas soberanas leis de Deus.

Quem perdoa sabe que Deus é justiça e, por isso mesmo, suas leis jamais se enganam.

Perdoar é receber com resignação os fatos que não se pode evitar ou mudar, com a certeza de que a justiça divina não se equivoca e nada acontece conosco se o Criador não permitir.

Momento Espírita

Poema da Fraternidade


A vida é sempre a iluminada escola.
Compadece-te e ajuda no caminho.
Por toda parte, há dor que desconsola
E toda gente aguarda a leve esmola
Do sorriso, da prece, do carinho...

Nem sempre vês quem chora e necessita.
Há muita treva, muita sede e fome
Escondidas em laços de ouro e fita,
E, em tudo, há muita máscara bonita
Ocultando a miséria que consome.

Quanta cabeça se ergue à luz dourada
Na multidão festiva que fulgura!
E, a sós, pende tristonha e desvairada,
Aturdida no horror da própria estrada,
Chorando de aflição e de amargura!...

Quanto sonho padece ao desabrigo!
Quanta mágoa contida, vida a fora!...
Auxilia, do príncipe ao mendigo,
Não atrases o abraço doce e amigo,
Que o companheiro espera, desde agora.

Que a boa luta te não desagrade.
Sê mais amplo no esforço da harmonia...
Semeia a glória da Fraternidade!
Sem a luz da União e da Amizade,
Não há bênçãos da Paz e da Alegria.

Carmem Cinira

Ser sim, Um Ser Insubstituível!

Há os que dizem que ninguém é insubstituível.
Que quando chega, a morte nos apaga e apaga nossos rastros mais cedo ou mais tarde.
Nossa condição de ser insubstituível prevalece por pouco tempo e nos tornamos apenas reproduções de som e imagem, ou palavras mortas sobre o papel ou sobre a pedra, nos livros de história, nos museus.
Quando desaparecemos, o que fazíamos poderá ser feito por outros, o que dizíamos poderá ser dito por outros.
Pronto, tudo resolvido.
A vida continua, o mundo continua a girar.
Verdade?
Mentira.
Não há dois dias iguais.
Um sucede o outro, mas não o substitui.
Porque cada dia é único.
Assim como na sinfonia, onde uma nota sucede outra, mas não a substitui, sempre seremos sucedidos nunca substituídos.
Porque nossa vida é única.
Porque cada pessoa é única.
Porque tudo o que geramos revela a nossa autoria, como se fosse assim uma especie de marca.
Indelével, singular.
Um filho, um livro, um quadro, uma idéia, um sentimento, uma palavra.
"Cada um de nós pode ser insubstituível.
Ser insubstituível, sim, por que não?
Um ser insubstituível não por arrogância, nem por posses, nem por dotes físicos ou intelectuais.
Ser um insubstituível ser, simplesmente pelas emoções criadas e pelos valores agregados em sua volta.
Ser um insubstituível seja pela renúncia à mediocridade, pela fuga do vazio, pelo abandono da irrelevância.
Poderíamos ser todos insubstituíveis seres, pela energia positiva que transmitimos às outras pessoas, pela vibração produzida por nossos sentimentos, pelos nossos exemplos e atitudes, pelo nosso esforço admirável de passar por esta vida deixando marcas de excelência, como se fossem rastros de luz.
Sejamos todos insubstituiveis.
Eu para você e você para mim.
Uns para os outros. Cada um para todos."

Arnaldo Pereira Ribeiro

Vídeo - The right thing to do - Carly Simon

Dama da Noite


Dama da Noite

As pétalas que te floreiam
são enluaradas.
Remetem-me à lua cheia,
enfeitiçada...
Ofertando-te a Vênus,
clamando cumplicidade,
que a solidão quebrante!
Sejas por uma noite,
o meteorito que perpetua
no meu corpo com açoites,
estrelas que bordem
minha escuridão
com constelações
que desagüem,
povoando-me.
Que seja de ilusões!

Elisa Santos

ILUMINANDO A LUZ


ILUMINANDO A LUZ

Pergunto tanta coisa à luz da lua
E ela, de soslaio, arredia,
Não fala, só me fita, branca e nua,
A lua só destila poesia...

Insisto em perguntar, a alma vazia
Precisa preencher-se de respostas,
Mergulho na mais vã melancolia
E a Lua, solitária, vira as costas...

Oculta em uma nuvem passageira,
A Lua me sugere: a escuridão
Só faz brilhar a chama derradeira
Quando há mais que fulgor no coração.

E quando ela retorna, as estrelas
Que foram feitas para iluminá-la,
Se escondem no luar, só podem vê-las
Os sonhos que nasceram para amá-las.

Percebo, então, que a luz que me ilumina
Não vem só da magia do luar,
Vem do amor que guardo na retina
E ilumina a luz do teu olhar.

Luiz Poeta

Gostosas emoções do amor


GOSTOSAS EMOÇÕES DO AMOR

O amor é bom realmente,
com total participação,
sentindo sempre aquela
quente e gostosa emoção...
Emoção causada
pela excitação
de um desejo controlado,
mexendo com o coração...
Sempre é emocionante
um encontro de amor,
sentido com fervor...
é algo deslumbrante,
quando se ama o bastante.

Marcial Salaverry

Desejo no olhar

DESEJO NO OLHAR

Quem resiste a um olhar
carregado de desejo,
ansiando por um beijo?
Desejar com o olhar...
desejando tudo beijar...
sempre um doce querer...
querer o amor viver...
É um desejo quente,
um desejo urgente...
e não tem mais jeito,
terá que ser satisfeito...
Enquanto nos queremos,
vamos vivendo neste sentimento
que não quer nenhum lamento...
porisso, ainda nos teremos...
Quando acontecerá,
dizer não se saberá...
Pelo momento esperando,
o amor assim vivendo...

Marcial Salaverry

Amor Selvagem

AMOR SELVAGEM

Quero que chegues, simplesmente,
com teu instinto de fêmea no cio...
Deixe que meus loucos pensamentos,
tirem todos teus lamentos,
governando teus desejos nesta dia...
Venha apenas com teu tesão e
tua tórrida paixão...
Quero tua entrega total,
nesta hora de lascívia e malícia...
Quero-te sedenta de amor,
venha, seja como for...
Aguardo ansioso,
por teu sexo gostoso...
Vem deitar-se comigo,
deixe-me beijar teu umbigo,
tuas coxas, seios e tudo mais,
até onde a imaginação for capaz...
Quando o dia raiar,
depois de me apaixonar,
serás minha e serei teu,
como Julieta e Romeu,
com um final diferente,
pois viveremos somente
terna e eternamente
nesta nossa união total..

Marcial Salaverry

Suavemente

Suavemente,
sem palavras,
descobrimo-nos...
És minha,
sou teu...
Sinta o sangue
correr rápido
nas veias...
Venha,
complete-se,
complete-me...
Sejamos dois em um...
Deixe fluir a emoção
desta louca paixão...

D.A.

Ah, se eu tivesse asas...


Ah, se eu tivesse asas...
Buscaria lá no topo da montanha,
Nunca antes pisada,
Flores únicas
para enfeitar a sua vida.

Se eu tivesse asas
Voaria longe para trazer-lhe
a mais deliciosa iguaria
e ver seu sorriso ao saboreá-la.

Se eu tivesse asas
carregaria você para longe
onde você pudesse ver
o mais belo por do sol,
a mais linda lua,
a aurora boreal,
o amanhecer perfeito.

Se eu tivesse asas...
Voaria até aí
E beijaria seu rosto
Tocaria seus cabelos
Sussurraria em seus ouvidos:
Eu te amo!

Obsceno Jogo do Amor


Obsceno Jogo do Amor

Um momento de solidão
Um beijo grávido de ilusão
Uma saudade crua
Uma lembrança nua
Uma breve nostalgia,
do aceno de um adeus
Uma chuva que chora
Um vento que se delicia,
com o triste canto da cotovia,
que pia a canção da dor
Uma alma em letargia,
curva-se diante de Deus
e silencia
Chora a morte das fantasias
Uma fera ferida grita,
com o corte do pulso que pulsa
a inércia da vida
Com um sonho não vivido
Um verde feto extraido,
de um coração sonhador,
que sofre por não entender,
as prolíxas regras
do obsceno jogo do amor!

Zena Maciel

Mortal


MORTAL

Não sou imortal,
sou eu e minha vida,
luto contra o negro,
minha alma de amante,
quando amanhece,
quando o mundo pára.

Sou a palavra que não ouvem,
os gestos ignorados,
o jeito sem jeito de amar,
a esperança,
a lágrima perdida,
meu rosto, noutro rosto.

Fechei as ruas do peito,
parei as palavras no meio
do caminho da confissão,
como se fosse milagre,
beijei o altar de todos os deuses,
como se fosse único mortal.

Voltaria a morrer mais vezes
voltaria a nascer se fosse feliz,
confesso que ando perdido
em meio à magia de viver,
enquanto encanto a esperança
o feitiço toma minha alma.

Caio Lucas

Revelação

Cria-se um lindo momento...
Quando o amor é a ponte entre dois corações,
Quando duas almas unem-se em uma só,
Quando a saudade é sentida numa ausência,
Quando misturam-se as emoções,
Quando fluem preocupações,
Quando procuramos nossas verdades,
Quando são únicas as nossas realidades,
Quando acordamos, lembrando de um amor,
Quando não se separam dois corações...
Quando resolvo visitar um jardim
Quando lá, sinto-te nas flores,
Quando se vive, assim,
cheio de amor

Tarcísio R. Costa

Olá felicidade!

A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar.
Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar."

Hermann Hesse

Vídeo - Codinome Beija-Flor - Luiz Melodia

APRENDIZ...

APRENDIZ...

Eu aprendo a amar,
amar de verdade,
não quando quero encontrar
a pessoa perfeita.

Eu aprendo a amar,
e amo de verdade,
quando, sem prejulgar,
consigo ver de maneira perfeita

a pessoa que eu quero amar,
a pessoa para o meu amar,
uma pessoa imperfeita.

Edson Soares

A ROSA E O CORAÇÃO

A ROSA E O CORAÇÃO

A rosa e o coração
juntos falam de amor
juntos formam uma canção
e sofrem a mesma dor.

A rosa enfeita a vida
e lhe dá todo o esplendor;
coração é alma vivida
sob os acordes do amor.

O coração e a rosa,
tímidos, falam de amor;
ela, faceira e mimosa;
ele, frágil e sonhador.

O coração e a rosa
são o símbolo do amor;
ela, bela e formosa;
ele é o cálice do amor.

Elzeni Portela de Araujo Souza

QUERIA PODER

QUERIA PODER

Queria poder ficar
aqui contigo,
te abraçar
e te proibir de sair.
Beijar-te
nessa loucura dos amantes
e insanamente por instantes,
morrer de amor.
Queria poder te seduzir
e te levar ao delírio,
pelos meus caminhos.
Deixar a minha razão fugir
e me perder nos teus braços,
transbordando de carinho
e assim depois
me encontrar lúcido,
totalmente equilibrado.
Como se nada pra nós,
fosse exagerado.
Só fica tudo,
direitinho bagunçado.
Há, mas que delícia
essa nossa malícia
de ficarmos todinhos lambuzados.
Sem pressa retornamos
e nos deixamos separar.
Nossos ideais foram alcançados,
agora deitamos cansados,
aconchegando os nossos corpos a dormir.
Pra então,
sairmos abraçados nesse sono,
a sonhar por ai . . .

Homenino poeta

Quando os olhos

" Quando os olhos
Não mais escondem os desejos
As bocas se calam
E só os corpos falam ... "

Bruno de Paula

SONETO DO MEU AMOR POR TI

SONETO DO MEU AMOR POR TI

Meu amor por ti é madrugada,
com canto de galo e lua cheia
e habita as encostas camufladas
na neblina que percorre minhas veias.
Meu amor por ti é amanhecer,
com aroma de rosas e jasmins,
sempre quer o teu rosto guarnecer
e manter o teu sorriso junto a mim.
Meu amor por ti é tarde calma,
margens de rios serpenteando minha alma,
cumprindo o rito de saudade e da espera.
Meu amor por ti é noite escura
salpicada de estrelas, qual moldura,
e me faz crer que ainda é o que antes era.

Basilina Pereira

Olhos Negros

Olhos Negros

Teus olhos negros
eu não esqueço, não.
Falo com eles todas as noites,
lembrando como a uma oração.

Eram os olhos mais lindos que já vi,
vivos, enchiam meu coração de alegria,
Minha confiança a cada dia crescia,
carregavam minha vida de esperança.

Um dia precisei fechar os doces olhos,
chorei por tê-los perdido com paixão,
não mais os veria sorrindo, dizendo sim...
calados, sendo obrigados a dizer-me o não.

Hoje sinto saudades ao recordar,
a ternura do doce olhar,
olhos negros admirei,
olhos negros amei.

Marta Peres

SENTIMENTO OCULTO

SENTIMENTO OCULTO

Tão oculta anda a minha cabeça
Não sou alegria, e nem sou tristeza.
Deverá Deus ter me esquecido
Neste tempo sem me clarear a lua,
Nestas noites, que não perpetua,
Em redor de mim o amor antigo?

Não tenho a sentir qualquer sabor
Ou qualquer frio, ou qualquer calor.
Será eu um funesto esfaimado
Pelo dom da vida, que me é de amar,
Que ao coração têm-me a perdurar,
E assim, nem sou um amargurado?

Ah, quem me dera saber o segredo,
Do tudo e nada, a ocultar o medo,
Sem fazer a mim qualquer pecado!

(Poeta- Dolandmay)

Minhas Pupilas

Minhas Pupilas

Minhas pupilas estão apaixonadas
Por par de olhos lindos e tristonhos.
Seguem-no eletrizadas, encantadas.
São esses olhos, acintosos sonhos!

Minhas pupilas querem esse olhar
Dentro delas, revelando segredos...
Querem esse meigo olhar namorar
Sem pressa, sem aflições ou medos...

Minhas pupilas amam essas retinas
Impacientes... carentes... reticentes...
Qual duas belas e brilhantes turmalinas
Que fustigam aspirações ardentes...

Minhas pupilas buscam esse olhar
Sedutor, suplicante... cheio de ardor,
Para fazer dele sua vida... seu altar...
E... dentro dele... morrer de amor!...

Mary Trujillo

PERDÃO

PERDÃO

Sou de teu sorriso o amor de um dia,
Passeei aos belos sentimentos que têm
E sob a tua graça fui a sua alegria,
E fui de teu corpo o fascínio também.

Sou somente agora de sua voz melodia,
Somente a letra d’um forte desdém
Que ao teu peito roga encanto e magia
Ao canto de dor de sua boca, meu bem...

Despreza de mim a angústia passada,
Oh minha querida e altiva amada,
Quero ser-te outra vez um prazer real...

Oh dá-me de volta a tu’alma plangente,
A sua alegria de amar simplesmente,
Perdoa-me querida se hoje sou teu mal!

(Poeta Dolandmay)

PRECE

PRECE

Oh criatura luzente de afetos frêmitos,
De intensos prazeres, de doutrina leve,
Que na epístola mordica se descreve;
E que se desfaz, e se lança ao infinito...

Criatura de imensa voz, e de um mito;
Do irreal dos louvores, único e breve,
E das palavras, que sombria se escreve
O amor, desleal de solidão, e maldito...

Oh ser que de paixão fremida se renova,
Que se arremessa, e que se prova
Na imortal combustão de suas dores...

De o seu ventre alimenta-me em calor,
Traz-me o seu fruto, imune de dor;
O de igual coração, os de seus amores!

(Poeta Dolandmay)

CONCEDA-ME

CONCEDA-ME

Esquecer no coração toda a dor,
As falsas verdades desse tempo!
E, renascer, novamente pro amor,
Um novo sentir, novo momento!

Espargir toda a tristeza ao vento,
Como o lírio, em fim de esplendor!
E, recriar, uma única e nova flor,
Mais bela, e de novo sentimento!

Assim serão os meus novos dias,
Oh meu amor, as minhas alegrias:
De verdades únicas, sem ilusão!

Trarei lhe no peito um novo sentir,
Um regalo forte, um novo existir,
Ao renascer o meu imenso coração!

(Poeta Dolandmay)

Lua, do nosso amor...

Lua, do nosso amor...

Teu cheiro, teu gosto, teu rosto,
Teu olhar a me despir,
Vestido de magia;
Aguça a fantasia nua,
Um vinho, uma dança,
Jogo sensual, um toque,
Delicada sensibilidade;
Calmo desespero, exagerado,
Palmo a palmo, nas
Mãos da imaginação,
Impregnada de loucura e paixão,
Sensação única, dupla,
Encurta os caminhos,
Retas, curvas, paralelas,
Enfeitam a aquarela, que
Desenha nosso amor;
Pinta com tintas quentes,
Vibrantes, num arco íris gigante,
Matizado de prazer;
Carícias cintilam e o
Nosso amor continua,
Sob a luz da Lua,
Única testemunha.

Marisa de Medeiros

OLHAR-TE

OLHAR-TE

Não posso deixar de te olhar...
Como um deus abraças meu corpo,
Transformando o meu despertar
Em um rodopio de estrelas.

Como não te olhar...
Acendes o sol, aquece a minha alma
Segura o arco Iris, colore a minha estrada
Afinas a orquestra, acaricia os meus ouvidos.

Te olhar só confirma...
O que o teu olhar afirma.

AMARILIS PAZINI AIRES

Pára-quedas

Osho

Onde a sombra é mais forte a luz também é.

Ainda que mal pergunte

Vídeo + Cartão - Todo amor que houver nessa vida - Cazuza


Não me acorde